O dólar mudou de rumo e era negociado em queda nesta terça-feira (13), após ter voltado a bater mais cedo R$ 4 com cautela ligada à disputa comercial entre Estados Unidos e China e ao resultado das eleições primárias na Argentina.
Às 10h52, a moeda norte-americana caía 0,41%, vendida a R$ 3,9670. Na máxima do pregão, chegou a R$ 4,0125. Veja mais cotações.
A moeda norte-americana terminou o dia anterior em alta de 1,1%, vendida a R$ 3,9833. Foi o maior patamar de fechamento em três meses. Na máxima do pregão da véspera, chegou a R$ 4,0127.
Os mercados internacionais continuam a demonstrar um sentimento de venda generalizada nesta terça. Nesse ambiente, ativos considerados de risco como moedas de países emergentes voltam a operar em queda.
No cenário doméstico, as atenções estão voltadas para a votação da MP da Liberdade Econômica na Câmara e no começo dos trabalhos envolvendo a tramitação da reforma da Previdência no Senado.
O câmbio no Brasil sentiu na véspera o aumento da volatilidade no mercado argentino, onde o peso desabou cerca de 30% no pior momento do dia, para uma nova mínima recorde. A desvalorização ocorreu por conta de receios de que o futuro governo argentino possa adotar políticas econômicas heterodoxas, após eleições primárias na Argentina no fim de semana apontarem para uma derrota da chapa do atual presidente, Mauricio Macri.
A instabilidade no mercado argentino tende a afetar o brasileiro, uma vez que o país vizinho é importante destino das exportações brasileiras de manufaturados e quedas nas compras podem impactar negativamente o já lento crescimento econômico doméstico.
O dólar também se fortalece diante dos receios em torno da guerra comercial entre chineses e norte-americanos.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento outubro de 2019.
G1 // AO