O dólar opera em alta nesta segunda-feira (10), em meio à continuidade da tensão entre Estados Unidos e China e diante de preocupações com o enfraquecimento econômico global. No cenário local, o mercado acompanha denúncias envolvendo um ex-assessor do filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Às 14h17, a moeda norte-americana avançava 0,89%, vendida a R$ 3,9265. Veja mais cotações. Na máxima do dia até o momento, foi a R$ 3,9350.
"Dado que não temos muito o que esperar no curto prazo (no mercado local), estamos ligados ao externo. E não acredito que o investidor esteja colocando muito prêmio", disse à Reuters o operador de câmbio da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado ao destacar que pontos importantes, como a reforma da Previdência, só devem ocorrer no próximo ano.
"O único fato mais relevante e capaz de garantir um eventual rali até o fim do ano seria um Federal Reserve sendo ainda mais claro em sua leitura de desaceleração do ritmo de aperto monetário atual", acrescentou ao citar o encontro de política monetária do banco central dos Estados Unidos nos dias 18 e 19 de dezembro.
Após discursos recentes de autoridades da instituição sobre proximidade da taxa de juros neutra, há expectativa de que o Fed encerre o ciclo de alta de juros.
Os investidores também estão cautelosos com a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que ganhou um adicional com a prisão de executiva da empresa chinesa Huawei, o que levanta preocupações de que a trégua acertada entre os presidentes das duas nações no G20 não sirva para se chegar de fato a um acordo.
G1 // AO