Economia

Crise nas lotéricas: 32 estabelecimentos foram fechados em 2016, diz entidade do setor

Em todo o país, foram 500 unidades que encerraram as atividades

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 Apesar do movimento e de lidar com dois produtos de alto poder de fidelização – o sonho e o jogo – o setor de lotéricas passa por grande crise. . Segundo a Associação dos Lotéricos (ALSPI), a partir de informações recebidas da Caixa Econômica Federal, 32 lotéricas fecharam as portas na Bahia apenas no ano passado. O principal motivo, ainda de acordo com a entidade, foi a defasagem dos repasses recebidos do banco. No Brasil, o número de estabelecimentos encerrados chega a 500.

“Estamos há 15 anos recebendo reajustes muito abaixo do valor da inflação. A Caixa demora até 20 meses para corrigir os repasses e quando faz é sempre muito abaixo do esperado”, pontua Adriana Domingues, diretora de Comunicação da ALSPI.

Ela calcula que no período entre 2004 e 2016, o salário mínimo aumentou 238% e esse custo foi assumido pelos empresários lotéricos. “Os repasses da Caixa, no entanto, variavam 129%, um valor 84% menor”, reforça.  As agências lotéricas, segundo a ALSPI, realizam  66% das transações do banco.

A Caixa Econômica Federal se defende. Em nota enviada ao CORREIO, o banco afirma que os reajustes são efetuados periodicamente. “Os últimos ocorreram em junho e julho de 2016, quando as tarifas foram atualizadas, em média, 13,17% e os adicionais remuneratórios, que incluem os adicionais de segurança e de custeio com transporte de valores, em 10,43%”, informa.

O banco também discorda da associação quando o assunto é o número de unidades fechadas no país. Segundo a Caixa, em 2016 foram encerradas 215 e abertas 70  loterias em todo o Brasil, de um total de 13 mil estabelecimentos. Quanto às agências fechadas na Bahia, o banco afirma que não possui a informação regionalizada. A Bahia possui  cerca de 800 casas lotéricas.

Correio////AF