A crise econômica que assola o país também vem dificultando o trabalho das agências que fazem o recrutamento de mão de obra. Segundo dados do Ministério do Trabalho, a Bahia perdeu mais de nove mil vagas de empregos formais no mês de junho e 24.400 só em 2015. De acordo com a Associação Brasileira de Recursos Humanos – seção Bahia (ABRH-Ba), o resultado disso está na queda de oportunidades nesses locais, de cerca de 30% para empregos e 8% para estágios.
Em entrevista a Tribuna da Bahia, o diretor de Relações Institucionais da ABRH-Ba, César Almeida, disse que outro ponto observado é que, apesar da queda de oportunidades, alguns setores ainda tem vagas em crescimento, que é o caso do varejo alimentício: “Mas, na conjuntura geral há, de fato, um saldo negativo. Alguns setores estão mais sensíveis, que é o caso da construção civil, onde há uma forte retração, sem contar as indústrias que já vem com uma tendência de queda desde o ano passado”, comentou.
Com a atual realidade, as empresas do setor tiveram que modificar o planejamento: “Vejo que o mercado, nesse momento, tem a necessidade de fazer ajustes, reduzir custos. Isso acabou afetando as empresas de seleção. No nosso caso, houve um aumento na busca por contratações por profissionais com duas características: mais flexíveis em relação ao salário e com experiência mais ampla em diversos setores da empresa”, disse Agda Melo, sócio-diretoria da Talento RH.
Para Almeida, até o telemarketing, geralmente recordista em números de vagas nos últimos anos, também vem tendo uma queda na quantidade: “Isso acarreta na diminuição no salário que será pago ao empregado”. Ele ainda fez uma avaliação relativa às mudanças no atual cenário: “Os indicadores da economia, tanto de geração de emprego formal, quanto informal, são de retração. O importante é as companhias perceberem que tudo faz parte de um ciclo, já que a economia é composta por altos e baixos”, narrou.
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