O mês da Consciência Negra é celebrado em novembro assim, para a comemoração, o Grupo Botequim preparou um evento especial de samba de roda. A festa acontecerá na próxima sexta-feira (8), no Pátio da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo, a partir das 21h.
O samba é ligado à cultura afro-brasileira e à herança dos africanos, afinal, eles fizeram da música e da dança instrumentos de resistência cultural e social. Assim, o grupo visa espalhar uma mensagem de paz por igualdade racial e expressar um grito por liberdade em forma de música.
“Temos o mês da Consciência Negra como data de referência, mas obviamente é uma luta que acontece o ano inteiro e o samba é um dos mensageiros da nossa cultura afrodescendente, juntamente com a capoeira, o candomblé e muitas outras influências de matriz africana. Através de nossas músicas e, claro, composições clássicas do gênero, iremos perpetuar esse legado de luta e resistência através da memória artística e musical do samba”, comenta o fundador e cavaquinista do Botequim Roberto Ribeiro.
Como adquirir o ingresso?
Os interessados em participar do evento podem adquirir os ingressos através deste link. O valor do primeiro lote é R$20.
Reforço especial
Dessa forma, para reforçar a mensagem às mulheres pretas, junta-se ao grupo a cantora e compositora baiana Juliana Ribeiro, que dedica canções à luta do povo preto.
A artista simboliza a força feminina dentro do samba, além de ser uma pesquisadora sobre o gênero musical, divulgando ritmos. Entre eles está o Lundu, Côco, Jongo, Maxixe, Sembas Angolanos, Batuque e o ancestral Samba-de-Roda.
Além disso, Juliana é autora de canções como Preta Brasileira, e também historiadora e mestre em cultura e sociedade e traz em seu repertório três séculos de canção.
Sobre o Grupo Botequim
Formado majoritariamente por artistas negros, o Grupo Botequim tem como objetivo valorizar e enaltecer as raízes do samba há 18 anos. Compõem o grupo Roberto Ribeiro (cavaquinho e voz), Washington Rodrigues (violão e voz), Tito Fukunaga (flauta e percussão), Bolota (percussão), Lalá Evangelista (percussão) e Brinquedo (surdo).
Símbolo de resistência e afirmação, a banda completa 18 anos e carrega a marca de ampliação da vivência em torno do gênero musical em Salvador. Portanto, com canções registradas no “Festa no Botequim”, o grupo apresenta um trabalho autoral, sendo reconhecido nacionalmente pelo trabalho de pesquisa sobre o samba tradicional.