O deputado estadual Roberto Carlos (PV), que também é presidente da Associação Desportiva Juazeirense, subiu à Tribuna da Assembleia Legislativa da Bahia (Al-BA), na tarde desta segunda-feira (11), para sair em defesa do presidente suspenso da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues), que foi afastado da entidade após uma decisão judicial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
"Minha consciência me impõe a vim fazer esse pronunciamento na tarde desta segunda-feira (11). Foi com um misto de surpresa que recebi a notícia pela imprensa baiana do afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol", disse o deputado.
Durante o discurso, Roberto Carlos pontuou feitos da administração de Ednaldo Rodrigues à frente da CBF. "Ednaldo Rodrigues é baiano, da cidade de Vitória da Conquista (BA). Foi presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF) e presidiu com muita dinâmica e transparência, foi vice-presidente da CBF. Foi eleito à presidência de 2022 a 2026. Ednaldo ganhou uma eleição legitimamente pelo voto dos filiados e teve o voto de todos 20 clubes da Série B, além de 27 Federações brasileiras. Ednaldo Rodrigues acabou com as regalias que tinham na CBF, acabou com a corrupção, acabou com o assédio moral e assédio sexual dentro da instituição. Ednaldo Rodrigues vendeu helicópteros e jatinhos e incomodou muita gente que acha que tinha que continuar reinando na entidade", pontuou.
Desde a sua entrada, Ednaldo Rodrigues sempre foi taxado como homem que não estava preparado para assumir a presidência da CBF. Tudo isso, boa parte da imprensa sulista utilizava como preconceito, contra um baiano, preto, descendente de índio, nordestino. A imprensa sulista não aceitava um presidente que não fosse lá do Sul. Hoje ele está dando um show de administração, defendeu.
Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na última quinta-feira (7). decisão foi tomada Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os magistrados determinaram ainda que o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, assuma a CBF pelo prazo de 30 dias para que conduza uma nova eleição.
Os 21 desembargadores concluíram que o Termo de Acordo de Contuda (TAC) assinado entre o Ministério Público e a CBF é ilegal, pelo órgão não ter legitimidade para se interferir nos assuntos internos da Confederação por se tratar de uma entidade privada. A decisão foi unânime e a CBF irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).