Sem crise

Presidente do PT na Bahia descarta ruptura das legendas que fazem parte da base aliada de Jerônimo

De acordo com Éden Valadares, "No nosso grupo o jogo sempre foi o de ganha-ganha"

Presidente do PT na Bahia descarta ruptura das legendas que fazem parte da base aliada de Jerônimo
Foto: Divulgação

O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, descartou qualquer ruptura com as legendas que fazem parte da base aliada do governador do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT), em meio as especulações sobre a formação da chapa majoritária para as eleições de 2026.

Em diversas entrevistas, o senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que a composição ideal do grupo seria, para o Senado, com ele ao lado do ministro Rui Costa, e Jerônimo concorrendo à reeleição ao Palácio de Ondina. O arranjo, no entanto, deixaria de fora o senador Angelo Coronel (PSD-BA), que tem o desejo de ser reconduzido ao posto na Câmara Alta. Esse cenário, inclusive, já levantou especulações de que o pessedista poderia fazer movimento semelhante ao que fez João Leão, em 2022, e migre para a base de ACM Neto (União), no próximo ano.

Sobre essa questão, Éden ressaltou acreditar na permanência do senador Ângelo Coronel no PSD e na organização do grupo político. “O senador Coronel foi eleito com votos do PT, do PSD, dos nossos aliados todos”, disse ele ao Bnews, na terça-feira (21).

“Os senadores de todo o nosso grupo são os senadores do governador Jerônimo e os senadores são muito amigos, inclusive. Então, nós estamos apresentando uma tese para debate com o partido dele, com o PSD e com os demais partidos. Mas não trabalhamos com a hipótese de o grupo rachar. Não será essa nossa tese, de que pode ter uma chapa com os três governadores, que vai estourar o grupo. Nós temos um limite. Nós não vamos estourar o grupo”, completou.

Presidente do PT na Bahia fala sobre a formação da chapa governista para 2026

Éden frisou que a formação da chapa governista para 2026 será pautada por muito respeito, diálogo e busca pelo entendimento. “É uma construção de muitas mãos, milhares de sonhos, de lutas que pertence a um grupo político, grande, amplo. Estamos debatendo com os partidos qual a melhor chapa para continuarmos mudando para melhor a vida do baiano e ajudando Lula a governar, a reconstruir o nosso país. O PT não tem fetiche de fazer mais deputados que todo mundo ou mais senador”, afirmou.

“Se Lula está dizendo que precisa de reforço no Senado, qual é a melhor chapa de senadores para vencer? Se for Wagner e Coronel, será Wagner e Coronel, se for Wagner e Rui, será Wagner e Rui. Qual é a melhor chapa para ajudar o Lula a montar uma maioria do Senado e a gente seguir mudando a vida do povo? É isso que está em debate. Não é fetiche do PT, nem pertence a mim ou a um outro mandato sozinho, é do nosso grupo, e o nosso grupo vai marchar junto”, acrescentou.

Ainda na entrevista, Éden Valadares afirmou que o grupo político do qual faz parte sempre priorizou um jogo de equilíbrio. “No nosso grupo o jogo sempre foi o do ganha-ganha. Quem está aqui sabe que o nosso jogo é de responsabilidade, maturidade e confiança política”, finalizou o petista.