A obesidade é a principal causa de morte nos países desenvolvidos, sendo considerada uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados recentes apontam que sua prevalência triplicou nas últimas décadas, caminhando lado a lado com o aumento de doenças crônicas como diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares.
Mais de 90% das pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 estão acima do peso ou obesas, reflexo de um estilo de vida marcado pelo sedentarismo e pela alimentação baseada em ultraprocessados e açúcares. Frente a esse cenário alarmante, especialistas destacam a necessidade de mudanças no estilo de vida e apontam o jejum intermitente como uma estratégia eficaz para melhorar a saúde e prevenir complicações.
O que é o jejum intermitente?
O jejum intermitente é uma abordagem nutricional que alterna períodos de jejum prolongado — que podem variar entre 12, 16, 18 e até 24 horas — com janelas para consumo de alimentos. Durante essas refeições, recomenda-se priorizar uma alimentação equilibrada, rica em proteínas, vegetais, gorduras boas e carboidratos complexos, que oferecem nutrientes e fibras essenciais.
Ao contrário das dietas tradicionais, o jejum intermitente promove adaptações metabólicas que beneficiam a saúde. Estudos indicam que ele estimula a utilização de novas fontes de energia, combate a resistência à insulina e favorece a autofagia, um processo de regeneração celular.
Benefícios comprovados
Entre as vantagens do jejum intermitente, destacam-se:
- Aumento da longevidade
- Melhora da resistência à insulina
- Proteção da função cognitiva
- Redução do risco de doenças cardiovasculares
- Diminuição de inflamações
- Melhora do metabolismo
- Auxílio no processo de emagrecimento
- Durante o período de jejum, são permitidos apenas água, café e chás sem açúcar ou adoçantes. A prática, contudo, exige acompanhamento de um nutricionista para personalizar o protocolo e garantir resultados seguros e eficazes.
A importância do acompanhamento profissional
Embora o jejum intermitente seja uma estratégia promissora, sua aplicação indiscriminada pode trazer riscos. Por isso, é essencial buscar orientação de um profissional de saúde, que irá avaliar o histórico clínico e os objetivos de cada pessoa, além de ajustar a dieta para os períodos de alimentação.
Ao ser adotado de forma consciente, o jejum intermitente pode ser um grande aliado na promoção da saúde e na luta contra a obesidade e suas consequências, marcando um importante passo em direção a um estilo de vida mais saudável.
*Larissa Gabriele é Nutricionista Clínica e Esportiva. Especialista em emagrecimento e saúde intestinal.