O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), fez críticas ao Congresso Nacional e aos colegas de Casa, nesta terça-feira (2), durante as celebrações pela Independência do Brasil na Bahia, em Salvador, ao ser questionado acerca do caso "Binho Galinha", que envolve o também deputado estadual filiado ao PRD.
No último sábado (29), foi deflagrada mais uma fase da operação "El Patron", que investiga uma organização criminosa especializada na lavagem de capitais advindos de jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outras infrações penais, atuante em Feira de Santana e cidades vizinhas. No âmbito desta operação, Binho Galinha seria, de acordo com as investigações, o chefe dessa organização.
Em nota divulgada no mesmo dia, o parlamentar reiterou a total colaboração dele com as investigações em curso e se colocou à disposição da Justiça "para esclarecer quaisquer questionamentos que possam surgir".
"Na minha opinião, é mais uma coisa errada do Congresso Nacional", criticou Adolfo. "Eu digo isso por que no intuito de dar a imunidade ao parlamentar, e que deve ter […] quando Congresso quer, em 24 horas eles votam o que querem. Poderia fazer uma mudança […] não justifica crimes como esse e outros como o do Brazão, no Rio de Janeiro, com a Justiça dependendo do Congresso Nacional. Quando o Supremo decretou a prisão do Brazão e do irmão, a Câmara teve de referendar – e por pouco não ocorre. Aqui na Bahia, o nosso colega, o Binho, não está preso por causa da Assembleia. Então, pela gravidade dos fatos que tem, isso não era pra ter imunidade. Nesse tipo de crime era pra Justiça agir imediatamente", completou.