O governador Wilson Witzel determinou que o estado não mais gratifique policiais por redução de mortes em operações ou em confronto – os autos de resistência.
As 'mortes por intervenção de agente do Estado', como são chamadas atualmente, têm aumentado ano a ano desde 2013. O indicador de julho bateu o recorde para um mês – foram 176.
Em 2019, até agosto, 1.249 pessoas foram mortas por agentes de segurança do estado – quase o dobro do registrado no mesmo período de 2009, quando foram 723 mortos.
Esses números agora deixam de constar dos indicadores usados para bônus semestrais. Um decreto publicado na edição desta terça-feira (24) no Diário Oficial do Estado altera outro, de 25 de junho de 2009, que estipulava o “gerenciamento de metas para os indicadores estratégicos de criminalidade” no RJ.
A nova redação pôs, no lugar dos autos de resistência, o roubo de cargas.
A alteração foi determinada por Witzel no mesmo dia em que convocou uma coletiva para falar da morte da menina Ágatha – e na qual defendeu a sua política de segurança pública.
Ágatha foi vítima de bala perdida na noite de sexta-feira. A família da menina acusa PMs pelo disparo. A corporação nega.
Reprodução: G1 // IF