A ex-deputada e cantora Flordelis dos Santos, de 63 anos, condenada a 50 anos de prisão pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, perdeu a competição de canto “Voz da Liberdade”, realizada na Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde está presa. A informação é da jornalista Vera Araújo, do jornal O Globo.
Flordelis foi uma das 17 finalistas do evento, mas não conquistou o primeiro lugar. A vencedora foi Cassiane Victoria Moura Martins, detenta condenada por tráfico de drogas. Visivelmente frustrada, Flordelis afirmou que continua sendo uma referência na música gospel. Ela revelou ainda que recebe cartas de apoio de várias partes do mundo.
Rotina na prisão e esperança de novo júri
Presa desde 2021, Flordelis compartilhou que enfrenta dificuldades na unidade de detenção, onde toma remédios regularmente. No entanto, ela garante que conta com o apoio das detentas e da administração do presídio.
“Viver aprisionada é muito ruim. Difícil. Tomo muitos remédios aqui, mas sou muito apoiada pelas detentas e pela administração do presídio. Faço parte do coral e não abro mão de cantar. É minha essência, está no meu DNA. Agora, aguardo um novo júri”, afirmou.
A pastora e cantora gospel também mantém a versão de inocência sobre a morte do marido e espera que um novo julgamento lhe permita responder pelos crimes em liberdade.
Vida pessoal e rotina com a filha
Flordelis revelou que continua namorando o produtor Allan Soares, de 25 anos, uma relação que, segundo ela, começou por incentivo da sua psiquiatra após um quadro de depressão. Além disso, ela divide a cela no Instituto Djanira Dolores de Oliveira com a filha, Simone dos Santos Rodrigues, que trata um câncer. Ambas estão no setor “seguro”, designado para casos de saúde.
“Nenhuma mãe desejaria estar presa com a filha, mesmo recebendo o melhor tratamento. Qualquer mãe preferiria estar no lugar do filho”, desabafou.
Condenações
Além do homicídio do pastor Anderson do Carmo, Flordelis foi condenada pela 3ª Vara Criminal de Niterói por tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa. Apesar das condenações, ela continua ativa na música, participando do coral da penitenciária.
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