A casa onde morava Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, na cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina, foi incendiada na manhã este domingo (16) e ficou completamente destruída (veja vídeo abaixo). Ele foi autor do atentado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na última quarta-feira (13).
Francisco, conhecido como Tiu França, acabou morrendo após o ato. Ele detonou explosivos no local, um deles em frente ao STF. Depois, ao ser abordado por um vigilante, ele deitou no chão e acionou mais um artefato atrás da cabeça, causando a própria morte. A Polícia Federal (PF) trata o crime como terrorismo.
A casa em Rio do Sul também era o mesmo espaço onde ele trabalhava como chaveiro. Conforme o G1, socorristas apontaram que uma mulher foi tirada de dentro da casa por outras pessoas — ela é ex-esposa do autor doas ataques em Brasília. A informação foi confirmada pela família dela. A mulher, que teve queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus em 100% do corpo, foi encaminhada ao hospital.
O Corpo de Bombeiros informou ainda que foi acionado por volta de 6h57 e que, ao chegar, identificou que o fogo havia tomado parcialmente a residência, de cerca de 50 metros quadrados.
Quem foi o autor do atentado em Brasília?
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, também era o proprietário do veículo encontrado próximo ao prédio da Câmara dos Deputados, e que foi relacionado às explosões. Segundo o UOL, um boletim de ocorrência revelou que Luiz lançou artefatos explosivos que, embora não atingissem diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF), causaram pânico no local.
Relatos de segurança indicam que ele teria exibido explosivos escondidos em sua jaqueta. Segundo familiares, Luiz estava em Brasília há cerca de quatro meses para trabalhar, e seus parentes não tinham informações atualizadas sobre seu paradeiro.
Luiz já havia se candidatado a vereador em 2020 pelo Partido Liberal (PL) no município de Rio do Sul, em Santa Catarina, sob o nome de “Tiu França,” recebendo 98 votos. Em seu histórico, ele também trabalhava como chaveiro e camelô e se autodenominava empreendedor e desenvolvedor nas redes sociais.