Os funcionários que gravaram um vídeo mostrando a preparação do corpo do cantor Cristiano Araújo, que morreu em um acidente de carro na quarta-feira (24), serão indiciados pela polícia e podem receber pena de até três anos de prisão. A clínica onde eles trabalham também divulgou, em nota enviada à imprensa, que eles serão demitidos por justa causa.
Uma terceira pessoa que teria compartilhado o vídeo nas redes sociais também poderá ser indiciada. As imagens, que foram divulgadas nas redes sociais ontem (25), causaram revolta nos fãs do sertanejo, que reclamaram na página do Facebook da Clínica Oeste, para onde o corpo de Cristiano foi levado.
Os funcionários, identificados como Marco Antônio Ramos, 41 anos, e Márcia Valéria dos Santos, 39, serão indiciados pela Polícia Civil de Goiás. Eles já prestaram depoimento sobre o caso e foram liberados. Os técnicos em tanatopraxia (procedimento de retirada dos fluidos do corpo para o enterro) vão responder por vilipêndio a cadáver, um crime que consiste em "profanar, desrespeitar e ultrajar o cadáver".eles também serão demitidos por justa causa.
Se condenados, eles podem pegar de um a três anos de detenção e multa. De acordo com o titular do 4ª Distrito Policial de Goiânia, Eli José de Oliveira, a funcionária que aparece nas imagens admitiu ter errado ao gravar o vídeo, e considerou sua própria atitude um "vacilo".
Segundo o jornal Extra, Márcia relatou que mandou às imagens para um colega de faculdade de enfermagem, e que foi ele que compartilhou o vídeo com outras pessoas. O rapaz, identificado apenas como Leandro, ainda será ouvido pela polícia e poderá ser indiciado pelo mesmo crime.
"Os funcionários todos já foram ouvidos e a investigação já está praticamente encerrada. A menina veio aqui e disse que foi um vacilo dela e dos outros funcionários. Disse que trabalha na clínica há quatro anos, que conhece o regimento interno, que sabe que não pode fazer foto, vídeo, nada, mas que por um vacilo aconteceu. Disse que um rapaz percebeu que ela estava filmando e depois mostrou pra um amigo, que provavelmente passou adiante", disse o delegado em entrevista ao Extra.
Foto: Reprodução/Correio24h