O ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) será julgado em segunda instância no processo do mensalão mineiro no dia 22 de agosto, de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Em primeira instância, em dezembro de 2015, ele foi condenado a 20 anos e dez meses de prisão, e recorre em liberdade. Azeredo, que também ocupou os cargos de senador e deputado federal, foi condenado por crimes de peculato e lavagem de dinheiro, cometidos durante a campanha eleitoral pela sua reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. A pena pode prescrever caso o processo não transite em julgado até setembro de 2018, quando o ex-governador completa 70 anos.
De acordo com a denúncia, Azeredo foi beneficiário de um esquema de desvio de verbas de estatais para a campanha eleitoral. O advogado de defesa, Castelar Guimarães Neto, informou ao G1 que está confiante na reversão da condenação.
"No processo, não tem nenhum indício que aproxime o ex-governador da gestão administrativa das estatais ou da administração financeira da campanha de reeleição ao govermo de Minas. A gente espera que a sentença seja reformada por completo, absolvendo o ex-governador da imputação que é feita pelo Ministério Público", disse o advogado.
Inicialmente, o julgamento seria no dia 8 de agosto. Segundo o TJMG, a data foi remarcada por motivo de logística e tempo de intimação.
Mensalão tucano
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, o esquema teria desviado recursos para a campanha eleitoral de Eduardo Azeredo (PSDB), que concorria à reeleição ao governo do estado, em 1998. Para a acusação, houve ato de improbidade administrativa por parte de Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Holerbach, quando R$ 3 milhões foram transferidos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) para a agência de publicidade SMP&B, da qual os três eram sócios à época.
Reprodução: G1 – Minas Gerais