O presidente Michel Temer recebeu nesta segunda-feira (21), em cerimônia com honras de chefe de Estado, o presidente do Paraguai, Horácio Cartes. Os dois presidentes têm na agenda uma reunião fechada no Palácio do Planalto e depois Cartes participará de compromissos no Itamaraty, no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso.
Cartes subiu a rampa do palácio às 10h18. Lá em cima, ouviu ao lado de Temer a banda do Exército tocar os hinos do Brasil e do Paraguai. Depois, a delegação paraguaia cumprimentou ministros do governo brasileiro, e Temer e Cartes seguiram para a reunião privada.
Segundo a Presidência, entre os principais temas na conversa dos dois presidentes estão o combate ao crime organizado e a situação da Venezuela.
A crise venezuelana vem sendo um tópico frequente de discussões no Mercosul, bloco do qual Brasil e Paraguai fazem parte junto com Uruguai e Argentina. A Venezuela foi suspensa do grupo no início do mês pelos demais membros sob a alegação de "ruptura da ordem democrática".
Atualmente, o Brasil exerce a presidência temporária do Mercosul, posto que passará para o Paraguai no ano que vem.
Na área de combate ao crime organizado, Temer e Cartes devem discutir as recentes operações realizadas em parceria entre os dois países. A fronteira com o Paraguai é considerada pelo governo uma área estratégica para a segurança pública, principalmente no controle da chegada de armas ilegais e drogas. Os dois presidentes também devem traçar metas para as próximas operações conjuntas.
Relações econômicas
Ainda de acordo com a Presidência, a visita do presidente paraguaio vai servir também para discutir as relações econômicas bilaterais entre os dois países.
O Brasil é o primeiro mercado para os produtos paraguaios, segundo dados do governo. Nos últimos três anos, mais de 80 empresas brasileiras se instalaram no país, com investimento superior a US$ 200 milhões. O Paraguai abriga a segunda maior comunidade brasileira no exterior, com mais de 300 mil pessoas.
Em 2016 o intercâmbio bilateral entre os países alcançou US$ 3,4 bilhões. Nos sete primeiros meses de 2017, esse intercâmbio chegou a US$ 2,1 bilhões.
Reprodução/G1