O presidente Michel Temer não deve mais participar do Fórum Econômico Mundial, que ocorrerá de 17 a 20 de janeiro, em Davos, na Suíça, para acompanhar o clima político e o período que antecederá a eleição da Câmara e do Senado, marcadas para o início de fevereiro. Apesar de repetir oficialmente que “não interfere” no processo sucessório do Legislativo, o presidente quer acompanhar as negociações de perto e garantir que a base não ficará rachada. O presidente já está até providenciando uma carta com pedidos de desculpas pela sua ausência.
O mais provável é que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, represente Temer. Além do clima político interno, Temer também decidiu não ir por considerar que o encontro estará esvaziado. Será próximo da posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, no dia 20 de janeiro. Temer também não vai a Washington, já que não há uma tradição de presença de outros chefes de Estado em posses nos EUA.
Em novembro, Temer chegou a indicar aos organizadores do Fórum Econômico Mundial que poderia ir para explicar às principais multinacionais do mundo e aos xerifes da economia internacional quais são seus planos para recolocar o Brasil num caminho de crescimento. A meta seria a de reconquistar a confiança internacional. O presidente voltou a Brasília ontem, depois de quatro dias de recesso em uma reserva da marinha no Rio, mas não há previsão de agendas oficiais externas e nem de uma reunião ministerial completa nesta semana, já que muitos ministros estão fora da capital.
Estadão Conteúdo