O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso disse que a descriminalização do consumo da maconha é um passo para uma política de legalização e eliminação do poder do tráfico.
Ele explicou que, no momento, defende apenas o consumo de maconha, adotando uma posição "um pouco menos avançada", com o objetivo de ter mais chance na aprovação da medida. "Tem que avançar aos poucos. Legalizar a maconha e ver como isso funciona na vida real. E em seguida, se der certo, fazer o mesmo teste com outras drogas", afirmou o ministro ao BBC. Tal posicionamento causou surpresa nos demais defensores das drogas, pois Barroso é conhecido como o mais progressista do tribunal. Esperava-se que ele defende-se a liberação de todos os entorpecentes, assim como o ministro Gilmar Mendes fez.
Barroso ainda propôs um parâmetro para diferenciar usuários de traficantes, apontando um limite de porte de 25 gramas de maconha. Com o objetivo de diminuir a prisão de usuários. O julgamento para legalização do uso da droga foi suspenso na última quinta-feira (10), após pedido de vista do ministro Teori Zavascki.
Até o momento, votaram os ministros citados nesta nota e Edson Fachin, que também defendeu apenas a legalização da maconha.
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