A polícia de São Paulo segue em busca dos dois homens suspeitos de matar o fundador da torcida Mancha Alviverde, Moacir Bianchi, em uma emboscada na madrugada do último dia 2, no Ipiranga, Zona Sul da capital paulista. A Justiça decretou a prisão temporária da dupla.
Um dos suspeitos é Marcelo Ventola, mais conhecido como Marcelinho, que já tem passagem pela polícia pelo crime de roubo. Ele foi preso após um assalto a banco. Marcelinho é apontado como sendo o homem que desceu de um carro preto e atirou diversas vezes contra Bianchi. O outro suspeito, que teve a identidade mantida sob sigilo, seria o motorista do carro, segundo a polícia.
Os dois suspeitos são considerados foragidos pela Justiça. A polícia ainda tenta identificar quem dirigia o táxi que bloqueou a passagem do carro de Bianchi na emboscada. De acordo com a investigação, três pessoas participaram do crime.
A motivação do assassinato seria a disputa pela composição da nova diretoria da organizada do Palmeiras. O suposto atirador, que não está no cadastro dos associados da Mancha, queria ser um dos diretores. Bianchi teria sido contra e dito que, como fundador, não permitiria que ele assumisse o cargo.
Uma reunião foi realizada na noite de 1º de março para resolver a questão. O encontro aconteceu na sede da torcida, em Perdizes, na Zona Oeste da cidade, e segundo testemunhas foi marcado por discussões e clima tenso. Bianchi foi morto horas depois de deixar o local.
De acordo com a polícia, após a reunião, a vítima seguiu para a Rua da Consolação, na região central, e parou em uma boate onde prestava serviço. Perto de meia-noite, Bianchi saiu com o carro e entrou na Avenida Presidente Wilson. Era o caminho de casa e foi ali que sofreu a emboscada.
No fim de semana, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em cinco endereços na Grande São Paulo, mas Marcelinho e o outro suspeito conseguiram fugir. Nesta terça (14), a polícia deve ouvir mais um dos diretores da Mancha. Nando Nigro, o atual presidente, já depôs.
Reprodução: G1