Brasil

Superintende diz que 'não há motivo para pânico' após rebelião com nove mortos e cerca de 100 ainda estão foragidos

Todas as vítimas tiveram os corpos carbonizados, sendo que duas foram degoladas, em Aparecida de Goiânia. No total, 242 fugiram, mas 143 já foram recapturados

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O Superintendente Executivo de Administração Penitenciária Seap, Newton Castilho, afirmou nesta terça-feira (2) que não há motivo para pânico pelo fato de 99 presos continuarem foragidos após a rebelião que deixou nove mortos na Colônia Agroindustrial de Regime Semiaberto de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Ele disse que as buscas pelos fugitivos continua.

"Equipes de toda a força de segurança estão no combate, todos estão atentos com prioridade de atuação, mas não há motivo para pânico, a população deve ter cuidados de segurança normais", disse Castilho.

O motim começou por volta das 14h de segunda-feira (1º), sendo controlado duas horas depois. A Seap informou que, por causa da confusão, cerca de 90 presos saíram da unidade e ficaram na porta por segurança e retornaram depois que a situação foi normalizada. Outros 242 presos fugiram, sendo que 143 foram recapturados.

Falta de estrutura e agentes

Castilho ressaltou que o briga entre grupos rivais por causa do tráfico de drogas motivou o conflito. Presos da ala C invadiram as alas A, B e D, onde ficam detentos rivais.

O superintendente confirmou que os presos fizeram um buraco na parede para invadir as outras alas. Ele afirma que o espaço foi aberto no mesmo dia da rebelião.

"A estrutura não oferece segurança adequada, não há concreto e ferragens suficientes para impedir que o buraco fosse feito rapidamente. A estrutura é frágil na unidade", admitiu.

Castilho também reconheceu que a superlotação do presídio, que tem capacidade para 530 internos, mas abrigava 768 bloqueados, ou seja, aqueles que estão no semiaberto, mas não saem porque não tem trabalho efetivo. No momento da confusão, havia apenas cinco agentes penitenciários no local.

Após a rebelião, 153 presos foram transferidos para o Núcleo de Custódia e para o Módulo de Segurança do Complexo Prisional.

Fonte: G1