A "tropa do tadala", como ficou conhecido o grupo de pessoas que usa o remédio tafalafila para disfunção erétil, pode estar com os dias contados ou com um novo estímulo. Um pesquisador brasileiro que está na Suíça desenvolveu um equipamento eletrônico que promete ser uma solução discreta para quem não consegue ter uma ereção na hora H.
O pesquisador Rodrigo Araújo passou mais de dez anos desenvolvendo o assunto e um equipamento discreto para tratar e solucionar o problema. O chamado CaverSTIM, o "viagra eletrônico", funciona como se fosse um marcapasso e é um neurotransmissor em que os eletrodos são implantados por meio de cirurgia na região pélvica. Ao ser acionado o controle remoto, o estimulador entrega estímulos nos nervos que causam a ereção.
Os estímulos são enviados a partir do acionamento por controle remoto. Quando ele é ativado, os eletrodos começam a enviar estímulos — cumprindo o papel dos nervos que não funcionam na disfunção erétil. Com isso, a pessoa tem a ereção.
"Esse resultado é muito inovador. Essa é uma doença que com a cirurgia salva o paciente, mas com o medo de não terem a vida sexual ativa eles vão adiando até que o câncer toma proporções maiores. Se os resultados seguiram como estão, temos uma mudança importante", explica Rodrigo Araújo.
O produto está na fase de testes, sendo usado por pacientes nos Estados Unidos, Austrália e Brasil. Atualmente, 12 pacientes receberam o dispositivo e estão com ele há pelo menos seis meses.
Segundo os pesquisadores, não houve efeito colateral e a fase inicial foi considerada um sucesso. A próxima etapa é expandir o teste para 150 homens. A expectativa é de que ele seja apresentado aos órgãos reguladores para ir ao mercado até 2027.