Mais de 40 mil pessoas que compareceram ao Parque de Exposições neste final de semana aproveitaram ações de fortalecimento da cultura ancestral, realizadas com apoio do Governo do Estado durante o festival Afropunk, em Salvador. A iniciativa faz parte das celebrações pelo mês da Consciência Negra. Para facilitar o acesso de baianos e turistas, um grande stand foi instalado logo após a entrada do Afropunk, pelo acesso da Avenida Paralela.
No local, foi possível se conectar com alguns elementos da ancestralidade, como maquiagem e pinturas étnicas, confecção de turbantes, distribuição de adereços e serviços do entretenimento digital como o espaço instagramável (decorado e organizado de acordo com a temática para postar nas redes sociais), podendo assim apresentar ao mundo o seu orgulho negro. “Olha… Nunca fui a um evento que valorizasse tanto a cultura negra. Foi inspirador!”, escreveu em seu instagram a atriz Érika Januza, que compareceu ao evento e prestigiou o stand de ações afirmativas.
O Afropunk é o maior festival de cultura negra do mundo e foi realizado em sua primeira edição completa, na América Latina. Nos dias 26 e 27, o público contou com apresentações de grandes nomes da música preta brasileira, como Ludmilla, Emicida, A Dama, MC Carol, Baco Exu do Blues, Liniker, Black Pantera, Àttooxxá, Karol Conká, Psirico, Mart’Nália, Larissa Luz, Nic Dias, Ministereo Público Sound System, Yan Cloud, Rayssa Dias, N.I.N.A, Baile Favellê, Young Piva, Paulilo Paredão e Margareth Menezes. O evento também contou com a presença de dois nomes internacionais, Dawer x Damper e Masego.
Antes de se tornar um festival, o Afropunk surgiu como um movimento cultural, que tinha como propósito ser resistência dentro de uma comunidade punk rock dominada por pessoas brancas. O lançamento do documentário Afro-Punk (2003), dirigido por James Spooner, foi um pontapé inicial para o movimento.