Servidores da Petrobras e trabalhadores de empresas terceirizadas da estatal no Amazonas aderiram a paralisação temporária nacional. Na manhã desta sexta-feira (24), um grupo de funcionários realizou ato na Refinaria Isaac Sabbá (Reman), situada no bairro Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo (AM/PA/MA/AP), cerca de 750 funcionários participaram do movimento grevista no estado.
A paralisação teve início ainda na noite de quinta-feira (23) e segue até as 23h desta sexta-feira. Um grupo de cerca de 70 funcionários realizou ato em frente à refinaria da estatal na capital amazonense. A paralisação foi deliberada no Congresso da Federação Nacional dos Petroleiros.
O coordenador geral do Sindpetro, Acássio Viana, disse que a principal reivindicação da categoria é a luta contra o Projeto de Lei, que pretende retirar a participação mínima de 30% dos blocos licitados e desobriga a Petrobras de atuar como operadora única do pré-sal. Conforme o Sindicato, a medida se aprovada abrirá espaço para empresas internacionais gerenciarem a exploração de petróleo nacional e acarretará demissões.
"Estamos em campanha salarial e a Federação Única dos Petroleiros no 15º congresso tomou a decisão de fazermos a defesa da Petrobras. Defender a Petrobras é defender o Brasil. A Petrobras lançou o plano de negócios dela onde anuncia que deixa de investir muito forte no setor de petróleo. Não investir no setor é não investir na educação e na saúde. É desempregar principalmente os terceirizados. Hoje, em todo o país, os petroleiros estão paralisados", explicou o líder sindical.
Ainda não é indicativo de uma greve por tempo indeterminado. O Sindipetro também disse que não há cálculo de prejuízos por conta das 24h de paralisação. O movimento, de acordo com Acássio Viana, atingem as bases operacionais e administrativas em Manaus e Coari.
Fonte: G1 Foto: G1