O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobrevoou hoje (10) a área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros atingida por um incêndio desde o início do mês. De acordo com o ministro, a expectativa é que, com a chuva que caiu na manhã deste sábado, o fogo seja extinto.
“A nossa expectativa é que hoje mesmo, se formos ajudados pela chuva, possamos extinguir os focos de incêndio na Chapada dos Veadeiros, mas foram três, quatro dias de combate muito intensos”, disse Salles em entrevista à TV Brasil.
Ontem (9), o ministro já havia realizado um sobrevoo na área e acompanhado o trabalho das equipes no combate aos incêndios. Nos últimos dias, o trabalho conjunto das equipes do Corpo de Bombeiros de Goiás, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), da Rede Contrafogo (formada por brigadistas voluntários para combater incêndios na região) e da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) conseguiu controlar a maior parte do fogo.
Além deles, cinco aeronaves do tipo Air Tractor e cerca de 100 brigadistas federais também ajudaram na operação de combate aos incêndios. Os aviões são capazes de carregar água em um reservatório para despejar o líquido em locais de difícil acesso. Salles disse que foi adicionado um produto “retardante de fogo” à água, que potencializa em cinco vezes a capacidade de resposta no combate às chamas.
O fogo teve início no dia 25 de setembro em uma propriedade rural no município de Cavalcante, no interior da Área de Proteção Ambienta (APA) do Pouso Alto. A baixa umidade e alta temperatura na região contribuíram para o fogo se espalhar.
Segundo o ministro, ainda não é possível afirmar qual a extensão da área atingida pelo fogo. De acordo com o boletim do Comando Unificado (Corpo de Bombeiros de Goiás e ICMBio) , na quarta-feira (7), o fogo havia atingido quase 70 mil hectares.
Destes, 17 mil atingiram o interior do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o equivalente a cerca de 7% da área protegida. Mais 50 mil hectares queimados estão dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pouso Alto, o que corresponde a 5,7% do território.
“Mas esse número pode ser bem maior na hora que eles terminarem a consolidação”, disse Salles. “Com os ventos que estão aqui, a proliferação do fogo é muito rápida. Como a vegetação está muito seca, qualquer excesso de calor, qualquer faísca serve de ignição para novos pontos [de incêndio]. Essa talvez seja a maior dificuldade: você apaga o incêndio de um lado e está nascendo um foco em outro local”.
Reprodução: Agência Brasil
da Redação do LD