A denúncia oferecida nesta sexta-feira (9) pelo MPF-DF (Ministério Público Federal no Distrito Federal) por suspeita de tráfico de influência na compra de caças é mais um fato complicador na Justiça para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso o juiz responsável pelo caso aceite a denúncia, Lula se tornará réu pela quarta vez em processos que tramitam na Justiça Federal. Na primeira ação em que se tornou réu, em julho, Lula será julgado pela Justiça Federal do Distrito Federal pelas acusações de que teria tentado obstruir investigações da Operação Lava Jato para evitar a colaboração premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. A segunda ação em que Lula virou réu, em setembro, diz respeito a supostas vantagens indevidas recebidas na construção e reforma de um apartamento tríplex do Guarujá (SP) e no pagamento do armazenamento do acervo pessoal do ex-presidente, ambas custeadas pela construtora OAS numa soma de R$ 3,8 milhões. Conforme a denúncia, Lula seria o dono real do imóvel, o que ele nega. Ele será julgado pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos em primeira instância da Lava Jato.
Em outubro, o ex-presidente virou réu pela terceira vez. Neste processo criminal, que também tramita na Justiça Federal do Distrito Federal, Lula é acusado de praticar delitos entre os anos de 2008 e 2015, de acordo com denúncia do MPF (Ministério Público Federal). A acusação afirma que os crimes envolvem a liberação de empréstimos do BNDES para financiar obras da construtora Odebrecht em Angola.
Nesse mesmo mês, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a inclusão de Lula no 'inquérito-mãe' do escândalo do petrolão.
Apelidado de 'quadrilhão', esse inquérito corre na Suprema Corte. Apura a existência de uma organização criminosa formada para assaltar a Petrobras e outras estatais. Envolve 66 pessoas, entre elas empresários e políticos de três partidos: PT, PMDB e PP.
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