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RJ dá anistia administrativa a servidores por atos durante 'pacote de austeridade'

Texto foi publicado nesta sexta-feira (21) no Diário Oficial.

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Em dezembro, protesto na porta da Alerj teve confusão entre manifestantes e policiais, que usaram spray de pimenta  (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

O governador do Rio em exercício, Francisco Dornelles (PP), sancionou um projeto aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que prevê anistia administrativa a servidores públicos que participaram de protestos contra o "pacote de austeridade", entre outubro e dezembro de 2016.

A anistia vale para civis e militares "aos quais se atribui conduta desproporcional durante os movimentos reivindicatórios", de acordo com o texto publicado nesta sexta-feira (21).

O projeto de lei havia sido assinado em conjunto por cerca de 40 dos 70 parlamentares da assembleia fluminense.

Originalmente, o projeto assinado por Paulo Ramos (PSOL) dizia que as manifestações eram motivadas "pelas Mensagens enviadas à Assembleia Legislativa pelo Poder Executivo". A menção ao pacote de austeridade, no entanto, foi retirada depois de ser submetida a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

As polêmicas entorno da proposta

Apresentado como alternativa à crise pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o pacote de austeridade provocou protestos frequentes na Alerj. Os servidores apelidaram a proposta de "pacote de maldades".

O presidente da Casa, Jorge Picciani, chegou a dizer que não votaria algumas mensagens, depois voltou atrás. O Ministério Público indicou que considerava 17 das 21 propostas inconstitucionais.

Durante a votação de alguns dos projetos de lei, houve confronto do lado de fora da Casa e o spray de pimenta chegou a invadir o plenário. Em meio ao pleito, assessores chegaram a usar máscaras para facilitar a respiração.

Reprodução/G1