Brasil

Reunião entre manifestantes e governo do ES termina sem acordo

Após dez horas e meia de reunião, terminou sem acordo a negociação entre um grupo de mulheres de policiais militares e o governo do Espírito Santo.

NULL
NULL

protesto_PM_mulheres_espirito_santo_ES_AGBR_1280x720

Após dez horas e meia de reunião, terminou sem acordo a negociação entre um grupo de mulheres de policiais militares e o governo do Espírito Santo. Com isso, o motim de PMs no Estado vai entrar no sétimo dia. O encontro no Palácio Fonte Grande, em Vitória, terminou pouco depois da 1h desta sexta-feira (10).

A categoria reivindica 43% de reposição salarial. As representantes dos PMs sugeriram, na reunião, o parcelamento do reajuste. Mas o governo ofereceu apenas uma possibilidade de reajuste a partir dos resultados de arrecadação do primeiro quadrimestre deste ano, sem apresentar porcentual.

Pouco antes do fim da reunião, duas representantes dos PMs abandonaram as negociações demonstrando revolta com a postura dos negociadores da gestão Paulo Hartung (que está licenciado por motivos de saúde). Elas chamaram o governador de “bandido”.

Hartung afirmou na quarta-feira (8) que o motim era uma “chantagem” e comparou o ato com um sequestro, dizendo que aceitar as exigências “seria como pagar um resgate”.

“Com relação à contraproposta apresentada pelo movimento das mulheres, familiares e amigos dos policiais militares, na qual pedem ao governo 20% de reajuste imediato e 23% de reajuste escalonado, o Comitê, com base nas justificativas já apresentadas, especialmente no que tange à obediência à Lei de Responsabilidade Fiscal, reitera a impossibilidade fiscal e legal da concessão do pleito”, diz a ata da reunião.

As manifestações dos PMs começaram na última sexta-feira (3), quando parentes de policiais, principalmente esposas, se reuniram em frente à 6ª Companhia, no bairro de Feu Rosa, no município da Serra, na Grande Vitória, e bloquearam a saída de viaturas. Os protestos se estenderam para outros batalhões durante o fim de semana e atingem todos os quartéis do estado.

Desde então, foram registrados no Espírito Santo 113 homicídios e uma onda de saques e roubos. As aulas foram suspensas e o transporte público opera precariamente.

Estadão Conteúdo