A sexta-feira (9) deve ser agitada na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, com três audiências da Operação Lava Jato. As audiências serão feitas pelo juiz Sérgio Moro.
A primeira audiência está marcada para 9h30, em uma ação penal que envolve o ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves, que foi preso na 39ª fase da operação. Serão ouvidos como testemunhas de acusação por meio de videoconferência com a Justiça de São Paulo: o executivo Marco Pereira de Souza Bilinski, o doleiro Alberto Youssef e o dono da empreiteira UTC Engenharia, Ricardo Pessoa.
(Correção: ao ser publicada, essa reportagem errou ao afirmar que Graça Foster, Mário Góes e Lucélio Góes também seriam ouvidos nesta sexta como testemunhas de defesa no processo que envolve Roberto Gonçalves. O erro foi corrigido às 9h do dia 9 de junho).
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) afirmam que Roberto Gonçalves, que sucedeu Pedro Barusco na gerência de Engenharia e Serviços da Petrobras, recebeu propina para favorecer empresas nas licitações da estatal e que mantinha este dinheiro em contas no exterior. Roberto Gonçalves foi preso em Boa Vista (RR).
Às 16h30, serão ouvidos, também como testemunhas de acusação neste mesmo processo, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.
A outra audiência está marcada para as 14h e será referente a uma ação penal que envolve a offshore Hayley. Serão interrogados na sede da Justiça, em Curitiba, os réus João Antônio Bernardi, Júlio Camargo e Renato Duque.
Essa denúncia faz parte das investigações que culminaram na 14ª fase da Operação Lava Jato, que prendeu os presidentes das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
A offshore Hayley, com sede no Uruguai e conta bancária na Suíça, era usada para a lavagem de dinheiro e o pagamento de propina para Duque, de acordo com a denúncia.
A empresa era controlada por João Bernardi, representante da empresa italiana Saipem, acusado de pagar propina ao ex-diretor de Petrobras.
De acordo com o MPF, Bernardi ofereceu vantagem indevida a Duque para que a empresa que representava fosse favorecida na celebração do contrato de obra de instalação do gasoduto submarino de interligação dos campos de Lula e Cernambi, localizados na Bacia de Santos, com a Petrobras.
Reprodução/G1