Em entrevista à GloboNews, em um balanço dos 100 dias à frente da Prefeitura do Rio, Marcelo Crivella disse que continua disposto a nomear seu filho, Marcelo Hodge Crivella, na Casa Civil. "Queria mostrar à população do Rio que estamos vivendo novo tempo. Queria dar a eles o melhor que eu tenho. O melhor que tenho é meu filho. Ninguém põe o melhor que tem quando sua intenção é de roubar, é de ter interesses pessoais ou de corromper", disse o prefeito. Ele afirmou ainda que, ao contrário do que dizem os críticos, a nomeação não seria nepotismo e, sim, um exemplo da "força da família". Crivella ainda citou outros casos que, como este, serão avaliados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "As decisões do Supremo consagradas de que não há nepotismo quando o parente é colocado num nível de primeiro grau, de secretário, e há competência e não há também, por parte dele, antecedente criminal. É o caso dele. Ficha limpa e competência", concluiu.
Crivella também disse que é preciso verificar as isenções de IPTU a 1,1 milhão de cariocas e se disse preocupado com um déficit nas contas públicas que pode ficar acima de R$ 4 bilhões. "Há três coisas para mudar isso: renegociar a dívida, sobretudo com BNDES e Caixa Econômica. Segunda coisa é cortando gastos. Cortei 2 mil cargos, são R$ 70 milhões por mês. Precisamos melhorar nossa captação de dívida ativa, e verificar as isenções de imóveis no IPTU". O prefeito voltou a defender a blindagem de escolas através de um cimento especial. Ele negou que o local possa transformar os colégios em um bunker para os criminosos, que se sentiriam protegidos dentro das escolas. Bispo licenciado da Igreja Universal, ele disse que a antiga função não se mistura à de prefeito, apesar de nomeações de religiosos. "Eu não tenho esse exemplo. No primeiro escalão… você vai encontrar cidadãos. Podem ter religião… um padre, um pastor, um budista, um monge. O Estado é laico, mas não é ateu. O prefeito tem Deus e tem fé".
Reprodução: G1 – Rio