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Prefeito decreta estado de calamidade pública na cidade do Rio de Janeiro por causa da chuva

Decreto foi publicado no Diário Oficial do município desta quinta-feira (11).

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Marcelo Crivella, prefeito do Rio, em entrevista coletiva concedida após forte chuva que atingiu a capital fluminense â?? Foto: Reprodução/TV Globo

O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, decretou nesta quinta-feira (11) Estado de Calamidade Pública por causa da chuva. O decreto foi publicado no Diário Oficial do município e garante à Prefeitura o poder de, por exemplo, executar medidas excepcionais sem autorização do Legislativo. Isso inclui realocação de verbas e cortes de serviços para priorização em outras áreas.

O temporal que atingiu a capital fluminense a partir do fim da tarde de segunda (8) causou a morte de 10 pessoas. Segundo o Alerta Rio, órgão da Prefeitura, foi a chuva mais forte dos últimos 22 anos.

Houve deslizamentos de terra, ruas alagadas e carros ficaram boiando na água em bairros das zonas Sul e Oeste. O estágio de crise começou às 20h55 de segunda-feira e permanecia na manhã desta quinta, quase 60 horas depois .

Veja quem são as vítimas do temporal no Rio
"Considerando que as fortes chuvas que atingiram o município nos últimos dias resultaram em enchentes e deslizamentos em encostas que colocam em risco inúmeras habitações, expondo a risco de morte considerado contingente de pessoas, além de danos materiais, ambientais e prejuízos econômicos, o que denota situação necessária à declaração de Estado de Calamidade Pública", afirma o texto da publicação.

A decisão afirma ainda que a decisão auxilia na tomada imediata de medidas emergenciais para que, em cooperação com outras esferas de governo, os problemas causados pela chuva sejam combatidos.

Bombeiros acham táxi soterrado em Botafogo, na Zona Sul do Rio â?? Foto: Daniel Silveira/G1

Em entrevista na última quarta-feira (10), em visita ao Jardim Maravilha, na Zona Oeste, o prefeito comentou declarações do coronel Roberto Robadey, chefe da Defesa Civil do Estado, de que a Prefeitura do Rio optou por não decretar estado de emergência, o que permitiria ao órgão atender com mais rapidez ocorrências, mesmo sem ser chamado.

"Se a gente ficar olhando para trás, não vamos resolver bulhufas. Hoje nós precisamos ter bom ânimo e enfrentar os problemas que não são só de agora. A última dragagem desde Rio foi feita em 96. É claro que nós temos que ter prioridades e a prioridade agora nesse momento é retomar essa dragagem, vamos dragar 2,5 quilômetros. Daqui sairão centenas de caminhões e vamos insistir com Brasília para que esse projeto seja feito como tem que ser feito", ressaltou, falando da importância de um acordo de cooperação com o governo federal.

Na mesma entrevista, Marcelo Crivella se queixou de dívidas herdadas pelo município, do aquecimento global e de escândalos de corrupção.

Demora nas ações
Na terça-feira (9), o prefeito do Rio admitiu, em entrevista à TV Globo, que houve falha de planejamento e demora nas ações durante o temporal. Segundo informações do RJ2, desde o início da sua gestão a Secretaria de Conservação tinha 200 homens prontos para entrar em ação em caso de chuva, mas só 20 homens foram às ruas na noite de segunda-feira (8), como o próprio Crivella explicou.

"Na verdade, esses homens são contratados. A prefeitura não tem esses homens próprios, nós temos seis empresas que fazem esses contratos, tanto de conservação como de drenagem, são mobilizados, no momento em que a gente precisa a gente chama e as pessoas vêm e trabalham intensamente (…) Foram mobilizados, o que atrasou foi porque houve um trânsito intenso na hora em que as pessoas estavam saindo do trabalho pra ir pra casa, e aí realmente houve atraso nos pontos principais da cidade", disse o prefeito na terça.

Na mesma entrevista, questionado sobre a demora, o prefeito disse que o protocolo foi mudado após reunião. "O que vamos fazer a partir de agora é reunir, no exato momento em que for pra [estágio de] atenção, o prefeito e mais todos os secretários da cidade, e aí nós vamos decidir juntos em que locais vamos colocar nossas equipes."

G1 // AO