Brasil

Prefeito baiano é acusado de 'perseguir' servidores que não teriam apoiado candidatura dele

O Ministério Público ajuizou a ação

redes sociais/Facebook Jornando Vilas Boas Alves
redes sociais/Facebook Jornando Vilas Boas Alves

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa contra Jornando Vilasboas Alves, prefeito de Bom Jesus da Serra, a 452 km de Salvador. Segundo o MP, a ação foi ajuizada na quarta-feira (12).

Em nota, o promotor de Justiça, Ruano Leite afirmou que o gestor realizou “perseguição política” contra 18 servidores municipais, por meio de remoção indevida de um deles e redução em até 70% das remunerações dos demais, sem lhes oferecer direito a ampla defesa. O promotor aponta ainda que, conforme apuração, a “perseguição” foi uma “retaliação às orientações políticas” dos servidores, que não teriam apoiado a sua candidatura.

Leite solicitou à Justiça que, em decisão liminar, determine o retorno do servidor removido e suspenda os efeitos dos decretos municipais 126 e 130 de 2021 que suprimiram benefícios econômicos dos servidores. Segundo o promotor, os decretos são nulos e têm “vícios de objeto, motivo e forma”. O MP chegou a expedir recomendação ao prefeito para que ele reconhecesse a nulidade dos atos administrativos, no entanto a Prefeitura não atendeu o recomendado, nem encaminhou documentos que justificassem a publicação dos decretos e comprovassem a alegação de que os servidore teriam sido beneficiados pelo governo anterior com vantagens indevidas.

O promotor também pede na ação a decretação da nulidade dos atos sem prejuízo de procedimento administrativo, desde que assegurado o direito de ampla defesa, para apurar eventuais concessões excessivas de vantagens. É solicitada ainda a condenação do prefeito por ato de improbidade administrativa, com suspensão dos direitos políticos e outras sanções previstas em lei.