Em menos de seis horas, o governo Bolsonaro bloqueou R$ 344 milhões em recursos liberados para as universidades federais, que seriam repassados pelo Ministério da Economia à pasta da Educação (MEC).
Os reitores das instituições já temiam que a suspensão do pagamento acontecesse novamente, após o bloqueio do repasse nesta semana. Com o intervalo curto entre o empenho e o novo bloqueio, nenhum pagamento foi feito pelas universidades, que seguem sem previsão para cumprir com a folha salarial de terceirizados e custear serviços de manutenção.
A situação das universidades está praticamente insustentável, conforme relataram reitores ao UOL, prejudicando também o pagamento da assistência estudantil e as bolsas.
Fontes preliminares indicam que o MEC entendeu que não era a sua responsabilidade fazer o bloqueio da verba, e liberou para uso das universidades. No entanto, a secretaria de orçamento federal do Ministério da Economia vetou.
O reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Paulo Miguez, considerou o corte de verbas como mais um ato de desrespeito do governo Bolsonaro com as universidades e estudantes. Em entrevista ao Portal Salvador FM, ele também questionou o fato das instituições não influenciarem no furo do teto de gastos e mesmo assim serem penalizadas com os bloqueios de recursos.