Brasil

Polícia vai indiciar sócios e guia de turismo que levou espanhóis à Rocinha por omissão de informações

Guia da comunidade disse que avisou empresa que visita não era recomendada

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A Delegacia de Atendimento ao Turismo (Deat) informou que vai indiciar os sócios da agência de turismo e a guia que levou o grupo de espanhóis à favela da Rocinha na segunda-feira (25) por omissão de informações de segurança. O passeio terminou com a morte de Maria Esperanza Ruiz Jimenez, de 67 anos.

Nesta terça (24), a guia de turismo Rosângela Riñones Cunha, que levou o grupo à comunidade, e um guia da própria Rocinha foram ouvidos. À polícia, Leonardo Soares Leopoldino, que atua como guia local, desmentiu Rosângela Reñones Cunha.

Segundo Leonardo, ele recebeu uma ligação de Rosângela e disse que não recomendava passeios na Rocinha, pois no domingo (22) tinha ocorrido troca de tiros. Ainda durante o depoimento, Leonardo disse que Rosângela não deveria ter mentido à polícia. Falou que não era seguro levar turistas à favela, naquele momento. Em determinado momento do depoimento, o rapaz chegou a usar termos fortes. “Não vejo turistas como notas de dólares”, disse o rapaz, que é subcontratado por empresas de turismo para guiar seus clientes.

Rosângela esteve na delegacia na segunda-feira (23) e afirmou que Leonardo tinha dito que ela poderia levar os turistas à Rocinha. Segundo o rapaz, a guia pediu a Leonardo que confirmasse o que ela havia dito à polícia.

A guia ainda contou aos policiais que, no domingo, um dia antes do passeio, entrou em contato com algumas pessoas para saber como estava a região. De acordo com ela, Leonardo teria dito que o clima estava tenso, com muitos policiais, mas que ele estava fazendo passeios turísticos na comunidade.

Rosângela Reñones Cunha, de 51 anos, é a guia de turismo que estava no banco do carona do carro que levou o grupo de espanhóis para a Rocinha, na segunda-feira (23) de manhã.

Fonte: G1// fa