Brasil

Polícia prende ex-diretor de escola do DF por estuprar crianças, filmar e compartilhar imagens

Homem de 53 anos fez pelo menos 11 vítimas, afirma delegado. Acervo foi encontrado em HD repleto de 'centenas de vídeos e imagens'.

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A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu o ex-diretor de uma escola de Ceilândia suspeito de estuprar crianças e adolescentes, filmar os abusos e ainda compartilhar as imagens na internet. Segundo as investigações, o homem de 53 anos fez pelo menos 11 vítimas só neste ano, entre 12 e 17 anos. Todas do sexo masculino.

Ao todo, 19 pessoas – incluindo vítimas hoje adultas – prestaram depoimento e alegaram que o ex-diretor abordava menores pelas redes sociais e também coagia jovens carentes em troca de lanche e pagamento de fotos com teor sexual. Segundo o delegado Ricardo Viana, por enquanto não há provas se os abusos também eram praticados na escola, que fechou nos anos 2000.

Ele está preso desde maio deste ano, em flagrante por portar HDs com "centenas de vídeos e imagens sexuais". No entanto, o caso só foi divulgado nesta sexta-feira (6) porque a polícia queria apurar a gravidade das imagens obtidas. A corporação informou que é "o maior arquivo de imagens de pedofilia já encontrado em uma única ação". O G1 não localizou a defesa dele.

As investigações apontam que os atos eram praticados desde a década de 1990 – época em que ele era diretor da escola. Os policiais descobriram ainda que as imagens foram compradas por um segundo pedófilo, que vive em Belo Horizonte, em Minas Gerais, e também acabou preso por tempo indeterminado.

Com este segundo homem, foi encontrado um celular com diversas fotos de crianças e adolescentes nus em cenas de sexo. Os arquivos eram compartilhados via "deep weeb", uma camada considerada mais oculta da internet.

“Há indícios de que essas imagens foram repassadas a outras pessoas da capital federal e também de outros estados”, afirmou o delegado. Ele afirmou ainda que as investigações continuam para detectar a quantidade de dinheiro que corria no esquema e possíveis outras vítimas.

Fonte: G1 (FA)