A Delegacia de Homicídios de Niterói colheu material dos cães da casa da deputada federal Flordelis, cujo marido, Anderson do Carmo, foi assassinado a tiros na madrugada deste domingo (16). O material foi enviado para exame toxicológico.
O objetivo do exame – cujo resultado deve ser concluído nesta terça-feira (18) – é determinar se os cães foram dopados, uma vez que os animais não reagiram à presença do responsável ou responsáveis pelo homicídio.
Diante da ausência de reação dos animais, a polícia não descarta a possibilidade de que o crime também possa ter sido cometido por alguém conhecido ou próximo à família.
Os policiais já analisam imagens das câmeras de segurança da vizinhança para saber quantas pessoas participaram do crime. Sabe-se, porém, que o assassinato foi cometido com pistola nove milímetros – todos os disparos feitos contra Anderson eram desse calibre.
O pastor trocava de roupa em um closet que fica ao lado da garagem da casa no momento do crime.
Diante da quantidade de tiros – a vítima foi atingida por pelo menos 15 disparos -, a hipótese de latrocínio já é quase que totalmente descartada.
Ao longo desta segunda-feira (17), policiais deverão tomar o depoimento de integrantes da família e outras possíveis testemunhas.
O crime
O pastor foi assassinado na madrugada deste domingo (16) depois de voltar para casa com a deputada, em Pendotiba, Niterói. Anderson Carmo foi executado por volta das 4h, com diversos tiros, pouco tempo após chegar.
Segundo Flordelis, o ataque a tiros aconteceu depois que Anderson voltou à garagem para buscar algo que esqueceu no carro. Os criminosos estavam de toucas ninja e o esperavam no quintal, onde já tinham dopado os cachorros – a fim de não alertar sobre a invasão.
A principal hipótese investigada pela polícia é a de execução. O corpo de Anderson tinha mais de 30 perfurações – entre as provocadas por entradas e saídas de projéteis.
"Apesar de ainda não estar 100% descartado, latrocínio vai se afastando", disse um investigador na tarde deste domingo (16). Uma desavença familiar também é investigada como uma das hipóteses para motivação do crime, segundo fontes da delegacia.
G1 // AO