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Polícia Federal prende dois em operação de combate à pedofilia no Recife

Segundo a PF, essas duas pessoas são suspeitas de coagir uma testemunha.

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A polícia Federal desencadeou uma operação de combate à pedofilia na manhã desta quarta-feira (22), no Recife. Foram emitidos dois mandados de prisão preventiva para pessoas que, segundo as investigações, estavam coagindo uma testemunha de pedofilia.

Por volta das 8h, um dos suspeito já havia sido preso. De acordo com a PF, o segundo homem, que trabalha no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), não havia sido localizado nem no local de trabalho, nem em casa quando os policiais chegaram, mas acabou se apresentando na sede do órgão, no Cais do Apolo, região central da capital. Os policiais federais não apreenderam materiais no local de trabalho por comprovarem que o homem não acessava conteúdos pornográficos a partir do computador do hospital.

A PF deflagrou também uma operação contra pedofilia em Santos (SP). A Operação Resgate foi deflagrada com o objetivo de identificar suspeitos de produzir e de distribuir na internet grande quantidade de arquivos contendo abuso sexual de crianças e adolescentes.

A Polícia Federal informou que segue tentando localizar o segundo suspeito. Ainda não foi divulgado detalhes das prisões, apenas que a operação partiu de investigações do Grupo de Repressão aos Crimes Cibernéticos da PF (GRCC).

Procurado pelo G1, o Imip informou estar surpreso com o envolvimento de um de seus funcionários no caso e alegou que não compactua com esse tipo de comportamento, além de ter se colocado à disposição da PF para o que for preciso. Por meio de nota, a unidade de saúde também afirmou que a rede de internet é protegida por meio de firewall contra conteúdos não seguros, o que inclui pornografia.

Help

Essa é mais uma etapa da Operação Help, que visa combater a pornografia infantil na internet e pedofilia. Em maio de 2016, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, e em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco.

As investigações começaram a partir das suspeitas de utilização de material pornográfico infantil por usuários da internet, a partir de um ajustamento de conduta firmado entre o Ministério Público Federal de São Paulo e uma grande empresa de pesquisa de páginas na internet.

Os órgãos descobriram o compartilhamento de material pornográfico infantil. Foram identificados arquivos com conteúdo ilícito. A Polícia Federal dispõe de um sistema próprio de investigação. Por meio do programa Gênesis, faz uma varredura na internet e busca perfis ou páginas suspeitas que contenham material pornográfico infantil.

Em caso de detecção de material pornográfico infantil nos computadores ou equipamentos eletrônicos de suspeitos, há a possibilidade de efetuar a prisão em flagrante. E se não forem achados arquivos de vídeo ou foto no momento da varredura preliminar, os equipamentos serão apreendidos e passarão por uma nova perícia mais minuciosa.

Quem é flagrado cometendo esse tipo de crime pode pegar de um a quatro anos de reclusão. Em caso de compartilhamento de material eletrônico, a pena passa a ser de três a seis anos de reclusão.

Reprodução/G1