Brasil

Polícia Federal ouve depoimentos em processo sobre interferência na PF

As oitivas visam a esclarecer as denúncias que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fez ao deixar o governo.

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A Polícia Federal (PF) continuou nesta segunda (11) com os depoimentos no inquérito que apura suposta tentativa de interferência na Polícia Federal (PF). Autorizadas pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), as oitivas visam a esclarecer as denúncias que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fez ao deixar o governo. Primeiro a ser ouvido, o ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo chegou à Superintendência da corporação em Curitiba por volta das 10h. Primeiro a ser ouvido, o ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo chegou à Superintendência da corporação em Curitiba por volta das 10h. Até as 13h, ele ainda não tinha deixado o local. Valeixo foi exonerado do comando da PF no último dia 24, horas antes de Moro renunciar ao cargo afirmando que a demissão do ex-diretor-geral tinha pesado para sua decisão de deixar o governo; Na ocasião, o ex-ministro disse que Valeixo foi exonerado a pedido do presidente Jair Bolsonaro. O presidente, no mesmo dia, negou qualquer intervenção na PF.

No último dia 28, Bolsonaro chegou a nomear o então diretor da Abin, Alexandre Ramagem, para o lugar de Valeixo, mas a medida foi suspensa um dia depois pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que atendeu a um pedido feito pelo PDT por meio de um mandado de segurança. Em sua decisão, Moraes citou as suspeitas levantadas por Moro uma semana antes. No último dia 4, o presidente Jair Bolsonaro nomeou o delegado Rolando Alexandre de Souza para assumir o cargo de diretor-geral da Polícia Federal no lugar de Valeixo. Souza era secretário de Planejamento e Gestão da Abin.

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Outros depoimentos Ainda hoje, os investigadores federais à frente do inquérito devem ouvir a Alexandre Ramagem – que após ser impedido de assumir a direção-geral da PF, reassumiu o comando da Abin. Também está prevista para hoje a oitiva do ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, que tão logo Rolando Alexandre de Souza foi nomeado diretor-geral, deixou a superintendência para assumir a direção executiva da corporação, em Brasília. Nesta terça-feira (12), devem ser ouvidos os ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Estão agendados para a quarta-feira (13) os depoimentos dos delegados da PF, Carlos Henrique de Oliveira Souza; Alexandre da Silva Saraiva e Rodrigo de Melo Teixeira, além da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP)…. 

Redação do LD