A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta terça-feira (11) uma operação contra uma quadrilha suspeita de crimes de extorsão mediante sequestro liderada por um ex-policial militar, já condenado pela morte de dois policiais rodoviários federais, mas que cumpria pena em regime domiciliar.
O ex-PM, identificado como Valdir Sagguin, de 51 anos, foi preso na segunda-feira (10) emSapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. No decorrer das investigações, a polícia já tinha cumprido mandado de prisão contra um segundo suspeito, que já estava na cadeia.
No momento da prisão, segundo a polícia, Saggin alegou que estava trabalhando, como determina a regra para a progressão de pena para o regime aberto, e alegou inocência.
Conforme a polícia, ele é um indivíduo de "alta periculosidade". É apontado, além de responsável pela morte de dois policiais rodoviários federais, também pelo roubo de uma joalheria em Nova Hartz, no ano passado.
“É um indivíduo extremamente perigoso”, afirma o delegado João Paulo de Abreu, completando que o ex-policial militar também teve a prisão decretada após ter sido indiciado pelo roubo da joalheria. “Ele teve a prisão decretada pelo roubo, mas estranhamente, ganhou a prisão domiciliar (pela morte dos policiais após cumprir parte da pena em regime fechado)”, completou o delegado.
Na ação deflagrada nesta terça, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, além de outros três de prisão. No entanto, os suspeitos não foram localizados.
“Foram presas duas pessoas em flagrante, que fugiram da casa com a chegada da polícia”, afirma o delegado responsável pela operação, João Paulo de Abreu, da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
No local onde os dois suspeitos foram presos em flagrante, foram encontradas armas, miguelitos (usados para furar pneus de carros) e um uniforme da Brigada Militar.
A operação foi deflagrada a partir do sequestro de um homem de 68 anos levado no dia 1º de julho, na cidade Taquara, no Vale do Paranhana. Ele foi libertado três dias depois, após o pagamento do resgate. Um dos locais usados como cativeiro foi encontrado em um sítio localizado na zona rural de Nova Hartz, no Vale do Sinos.
Os presos serão encaminhados ao sistema prisional, ficando à disposição da Justiça, e a polícia segue em busca dos três suspeitos que tiveram a prisão decretada pelo judiciário.
Reprodução/G1