Diante de uma crise econômica, alta na inflação, desemprego e corte do auxílio-emergencial, o Brasil vê a pobreza nas metrópoles avançar e atingir 19,8 milhões de pessoas. É o maior nível atingido na série histórica de dez anos, iniciada em 2012.
Os dados que mostram o recorde negativo do país são do 9° Boletim Desigualdade nas Metrópoles, que analisa as estatísticas das 22 principais regiões metropolitanas do Brasil.
Os quase 20 milhões de brasileiros representam quase 1/4 de toda a população que vive nessas áreas. Somente em comparação a 2020, 3,8 milhões de pessoas entraram neste grupo.
O número é quase o dobro da população de Curitiba, que tem cerca de 2 milhões de habitantes.
O encerramento abrupto no ano passado do auxílio-emergencial, bem como a dificuldade do mercado de trabalho e a disparada da inflação são as principais razões para este índice.
As regiões metropolitanas com as maiores taxas de pobreza em 2021 foram Manaus (41,8%) e Grande São Luís (40,1%). No caso da extrema pobreza, Recife (13%) e Salvador se destacam negativamente.