Um policial militar foi preso em flagrante na manhã deste domingo (12) após atirar e matar uma mulher em um posto de combustível na Vila Matilde, na Zona Leste de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, o PM alegou que a arma disparou por causa de um defeito.
O suspeito deve ser ouvido nesta segunda-feira (13) pela polícia. A confusão teve início por volta das 4h30. Segundo testemunhas, Helimael Luis Vilela de Oliveira, de 30 anos, deu ré com o carro e atingiu uma jovem que estava no posto com amigos. Ela teve ferimentos leves.
Helimael não quis gravar entrevista, mas contou que não percebeu o que aconteceu e estava indo embora quando um soldado da PM que estava no posto, fora do horário de trabalho, saiu atrás do carro. O soldado contou que se desequilibrou e atirou sem querer.
O disparo atingiu a namorada de Helimael que estava no banco do passageiro. Maria Claudia Pedace, de 33 anos, não resistiu aos ferimentos, A filha dela, de 3 anos, estava sentada no banco traseiro do veículo.
Helimael não parou o carro e seguiu por mais 4 km, até o viaduto Itigunçu, onde bateu os pneus do carro nos blocos de concreto que dividem a pista. A perícia foi acionada e encontrou uma garrafa de uísque dentro do carro.
A arma usada no crime é uma pistola .40, da Polícia Militar, que foi apreendida. O soldado está há seis meses na corporação.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o policial militar foi preso em flagrante por homicídio. A Corregedoria da PM vai instaurar um processo administrativo que pode resultar na expulsão do policial. Ele será encaminhado ao Presídio Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo.
A arma foi levada para a perícia para verificar se tinha alguma falha mecânica. O namorado da vítima, que dirigia o carro, se recusou a fazer o teste do bafômetro e passou por exame toxicológico.
Reprodução: G1