Corregedoria da Polícia Militar passou a apurar a participação do coronel Anderson Anderson Felippe Gonçalves no esquema criminoso que, segundo o Ministério Público Federal, era chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral.
Após ser concluído o Inquérito Policial Militar (IPM), o oficial – que será investigado por corrupção – pode ser submetido a um Conselho de Justificação e expulso da corporação. O procedimento foi aberto na segunda-feira (31), conforme apurado pelo G1.
Os próximos passos são solicitar provas ao MPF e outras providências. A princípio, os antecedentes do coronel levantados pela PM só incluem envolvimento com segurança privada. O nome do oficial apareceu na colaboração premiada de Luiz Carlos Bezerra, um dos operadores financeiros do esquema que pagava propinas durante os governos de Sérgio Cabral.
Aliás, é exatamente sobre as empresas do coronel Felippe que gira parte da invesigação do MPF. É que elas prosperaram à frente dos maiores eventos do Rio. O oficial é diretor da Sunset Vigilância e a Copa das Confederações e o consórcio Maracanã Rio 2014 foram alguns dos clientes do coronel.
Como mostrou o RJTV no início de junho, o coronel Felippe já cuidou da segurança do ex-governador. Quem citou o nome de Felippe foi Luiz Carlos Bezerra, que está preso desde novembro e afirmou ao MPF o oficial tinha envolvimento com o dinheiro do caixa da corrupção do ex-governador.
Nas agendas de Bezerra apreendidas pela força tarefa da Lava Jato, o coronel é identificado apenas como Fellipe. O RJTV revelou que numa página, do dia 9 de setembro, Felipe aparece ao lado do valor de R$ 18 mil reais. Não é possível saber o ano da anotação.
À produção do RJTV, Anderson Felippe Gonçalves disse que é coronel aposentado e que sua relação com Sérgio Cabral sempre foi profissional. Ele declarou também que sua empresa nunca recebeu recursos públicos e que todos os contratos foram conquistados sem a interferência de políticos.
Reprodução/G1