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Pilotos e comissários avaliam greve contra reforma trabalhista

A categoria programa paralisação para o próximo dia 24

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A categoria programa paralisação para o próximo dia 24 - Foto: Joá Souza | Ag. A TARDE

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) comunicou nesta terça-feira, 18, que irá convocar assembleia para todos os pilotos e comissários para a próxima segunda-feira, dia 24 de abril, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre, para discutir a possibilidade de uma paralisação das atividades aéreas no País, como forma de manifestação contra a reforma trabalhista.

A entidade considera que o texto substitutivo da Reforma Trabalhista apresentado na última quinta-feira, 13, "representa potencialmente uma precarização sem precedentes para a profissão de pilotos e comissários, afetando inclusive a segurança de voo".

O sindicato salienta que o texto proposto altera 117 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "O projeto da Reforma Trabalhista passou por um período de discussões numa comissão especial da Câmara dos Deputados durante o qual foram aventadas alterações de menor potencial ofensivo contra direitos básicos. Porém, na véspera do último feriado, numa manobra regimental, o relator apresentou o substitutivo que altera mais de cem artigos da CLT", diz.

A entidade alerta ainda que, nesta terça-feira, 18, o governo pretende pedir urgência na tramitação do projeto, o que levaria a proposta a sair da comissão especial e ir para o plenário para ser votada ainda esta semana.

O SNA diz que, como medida de contingência, irá apresentar proposta de cinco emendas ainda nesta terça-feira na comissão especial, antes da votação do requerimento de urgência, para que essas emendas, em sua maioria de supressão, possam ser apreciadas pelos deputados no plenário. "As emendas a serem apresentadas não mitigam todos os riscos oferecidos pela reforma. Porém, não há tempo para a construção e defesa de emendas para os cem artigos. Desta forma, o SNA pretende atacar aqueles que oferecem mais riscos aos aeronautas", diz.

Estadão Conteúdo