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PF suspeita que Eike possa ter saído do País com passaporte alemão

A defesa de Eike informou que ele está em viagem, fora do País

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Resultado de imagem para PF suspeita que Eike possa ter saído do País com passaporte alemãoA Polícia Federal suspeita que o empresário Eike Batista, alvo da Operação Eficiência, pode ter saído do Brasil usando um passaporte alemão. A informação foi dada pelo delegado Tacio Muzzi, da Polícia Federal. Alvo de mandado de prisão preventiva por suspeita de envolvimento com organização criminosa liderada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o empresário está foragido.
A PF foi à residência de Eike, no Rio, às seis horas da manhã desta quinta-feira (26/1), mas ele não foi localizado. A defesa de Eike informou que ele está em viagem, fora do País. Ele estaria em Nova York.O delegado Tacio Muzzi informou que o nome de Eike poderá ser incluído na difusão vermelha da Interpol – índex dos mais procurados em todo o mundo. O delegado disse que "não se pode afirmar categoricamente que Eike teve intenção de fugir do País"

Vazamento

A Polícia Federal investiga se houve vazamento da operação Eficiência. O empresário Eike Batista comprou na terça-feira, dia 24, passagem para Nova York e embarcou naquela mesma noite, com passaporte alemão. A Polícia Federal quer confirmar agora se Eike de fato desembarcou nos Estados Unidos ou se interrompeu a viagem em alguma conexão e mudou seu destino.
O delegado Tácio Muzzi, titular da delegacia de Combate à Corrupção (Delecor), explicou que a demora entre o mandado de prisão, concedido pelo juiz Marcelo Brêtas em 13 de janeiro, e a deflagração da operação ocorreu porque ainda havia procedimentos a serem realizados, como o repatriamento de US$ 85 milhões. 

"É prematuro falar em vazamento, mas a Polícia Federal está apurando. E caso não haja o retorno espontâneo (de Eike Batista), serão tomadas as medidas cabíveis com apoio da Interpol", afirmou Muzzi.
Ainda de acordo com o delegado, no cumprimento do mandado de buscas, foram apreendidos carros de Eike Batista, inclusive o Lamborghini Aventador, avaliado em R$ 2,5 milhões, que ornamenta a sala do empresário, na mansão do Jardim Botânico, zona sul do Rio. Os veículos, no entanto, ficarão na casa do empresário, nomeado fiel depositário dos bens. Eles não podem ser vendidos.

Cabral

O Ministério Público Federal (MPF) identificou desde o início da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio, indícios de que parentes do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) seriam destinatários de valores em espécie recebidos da suposta organização criminosa liderada pelo político.
Isso justificaria a condução coercitiva da ex-mulher de Cabral Suzana Neves Cabral e do irmão do ex-governador, Maurício de Oliveira Cabral Santo. De acordo com o procurador da República Eduardo El Hage, foram encontrados na casa de Maurício na manhã desta quinta-feira, 26, R$ 30 mil, milhares de dólares e euros em espécie. 

Reprodução: Correio Brasiliense