A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) a Operação O Grande Truque para apurar fraudes em licitações relacionadas a um convênio firmado entre a prefeitura de Campinápolis (MT) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para a construção de escolas em comunidades indígenas.
Segundo os investigadores, as obras podem ter causado prejuízos de cerca de R$ 450,5 mil (em valores atualizados) entre maio de 2012 e julho de 2017.
Cinco mandados de condução coercitiva e quatro mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades mato-grossenses de Várzea Grande, Barra do Garças, Nova Xavantina e Campinápolis; além de Goiânia, em Goiás, a pedido da Justiça Federal de Barra do Garças.
De acordo com a PF, a operação tem como origem um inquérito policial de 2016 que apurou o cancelamento de uma licitação feita pela prefeitura de Campinápolis, sob o argumento de uma suposta “ausência de interessados”.
Durante as investigações foi apurado que 13 dias após o cancelamento da concorrência, a prefeitura publicou outro certame, “com os mesmos critérios dos projetos, serviços e obras, inclusive com os seus respectivos cronogramas físico-financeiros, no igual valor de R$ 3.967.233,16”.
Ainda segundo a PF, dois dias após a assinatura do contrato, a empresa investigada solicitou à prefeitura um aditivo contratual, mesmo após ter declarado que estava ciente das condições e dos prazos das obras, apresentando inclusive planilha de estimativa de custos e cronograma financeiro.
Agencia Brasil // AO