Brasil

PF diz que ministro da Justiça não é avisado previamente sobre operações

Senadora quer que CCJ ouça Alexandre Moraes sobre suposta antecipação

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 src=A Polícia Federal divulgou uma nota nesta segunda-feira (26) na qual afirma que o ministro da Justiça não é avisado previamente sobre a realização de operações da corporação. Neste domingo (25), em evento em Ribeirão Preto, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, havia dito que nesta semana haveria "mais" Lava Jato. No dia seguinte, a PF prendeu o ex-ministro de governos petistas Antonio Palocci.

Na nota, lida pelo delegado Igor de Paula na coletiva de imprensa sobre a prisão de Palocci, a PF ressaltou que as informações ficam restritas às  pessoas diretamente envolvidas na operação.

"Como já foi amplamente demonstrado em ocasiões anteriores, o Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais. No entanto, é sugerido ao seu titular que não se ausente de Brasília nos casos que possam demandar sua atuação, não sendo informado a ele os detalhes da operação", afirmou a PF na nota.

A polícia disse ainda que adotou nesta fase da Lava Jato os mesmos procedimentos que tomou nas anteriores.

"Em relação à 35ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal esclarece que adotou o mesmo padrão de compartimentação e cuidado com a informação que caracterizaram as quase 500 operações deflagradas este ano. Somente as pessoas diretamente responsáveis pela investigação possuem conhecimento de seu conteúdo", ressaltou a polícia na nota.

Também nesta segunda, a senadora Vanessa Grazziotin protocolou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado um requerimento para que o colegiado convoque Alexandre de Moraes para explicar o fato de, segundo ela, ter "antecipado" a operação.

Veja a íntegra da nota da Polícia Federal:

Em relação à 35ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal esclarece que adotou o mesmo padrão de compartimentação e cuidado com a informação que caracterizaram as quase 500 operações deflagradas este ano.

Somente as pessoas diretamente responsáveis pela investigação possuem conhecimento de seu conteúdo.

Da mesma forma, as datas de desencadeamento das operações especiais de polícia judiciária são acompanhadas apenas pelos responsáveis pela coordenação operacional.

Como já foi amplamente demonstrado em ocasiões anteriores, o Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais. No entanto, é sugerido ao seu titular que não se ausente de Brasília nos casos que possam demandar sua atuação, não sendo informado a ele os detalhes da operação.

A Polícia Federal, instituição do Estado brasileiro, reafirma sua atuação de acordo com o Estado Democrático de Direito.

Reprodução: G1