A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra um grupo de narcotraficantes especializados em trazer grandes carregamentos de drogas no Brasil. Nesta sexta-feira (28), são cumpridos mais de 80 mandados judiciais, em cinco estados.
A organização estava sediada em Umuarama, no noroeste do Paraná, porém tinha ramificações no Mato Grosso do Sul e fornecia entorpecentes para São Paulo, Rio de Janeiro e estados da região nordeste do país.
Os policiais investigavam a quadrilha, que agia de forma consorciada, há dois anos. Nesse período, foram apreendidas 39 toneladas de maconha e 160 kg de cocaína. Ao longo dessa apuração, a PF ainda fez a maior apreensão de maconha já feita no Brasil em Porto Camargo, no noroeste do estado, quando 24,5 toneladas foram encontradas às margens do Rio Paraná. Os agentes ainda prenderam 21 pessoas.
A Polícia Federal detalhou que o grupo criminoso se comunicava por mensagens trocadas no WhatsApp, e solicitou à Justiça Federal de Umuarama que a companhia repassasse dados dessas conversas. A Justiça autorizou o monitoramento e determinou que o WhatsApp repasse os dados solicitados. No entanto, conforme a PF, as ordens judiciais não foram cumpridas e a empresa foi multada diariamente. A Polícia afirma que as multas dadas ao WhatsApp no Brasil já acumulam o valor de R$ 2,1 bilhão.
A Receita Federal colaborou com as investigações atuando na identificação do patrimônio da quadrilha. Bens foram bloqueados pela Justiça.
Participam da operação denominada "Malote" 49 equipes da PF, incluindo a Coordenação de Aviação Operacional de Brasília.
Se condenados, os investigados devem responder por crimes ligados a Lei Antidrogas e da Lei de Combate ao Crime Organizados, além de corrupção ativa e passiva. As penas podem chegar a mais de 40 anos de prisão.
Reprodução: G1