A Polícia Federal (PF) deflagrou a 6ª fase da Operação Pecúlio, que que investiga um esquema de fraude na prefeitura e na Câmara Municipal Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, na manhã desta sexta-feira (16). A ação é uma continuidade da 5ª fase, deflagrada nesta quinta (15), e foi batizada de Nipoti 2.
Foram expedidos 67 mandados judiciais, sendo 31 mandados de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e 36 mandados de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados. Todos os mandados estão sendo cumpridos em Foz.
De acordo com as investigações, somente em algumas obras de pavimentação em Foz do Iguaçu foram constatados prejuízos em torno de R$ 4,5 milhões.
A PF explicou que o nome da operação – Nipoti – é um substantivo comum de dois gêneros da língua italiana, que significa sobrinhos ou netos. E que a palavra nepotismo tem origem na palavra nepos, nepote, do latim, que se prende à ideia de descendência, parentesco, assumindo o sentido de favoritismo para com parentes.
Quadrilha era comandada pelo prefeito
De acordo com o MPF, a organização criminosa era comandada pelo prefeito afastado Reni Pereira (PSB), que chegou a cumprir prisão domiciliar por 106 dias.
Doze presos preventivamente deixaram a prisão depois de assinarem acordos de delação premiada. Além de empresários e do prefeito, foram presos secretários, diretores e servidores de carreira.
No total, três dos 85 réus da ação penal que resultou da operação permanecem presos. Eles respondem, entre outros, pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e fraude em licitações.
Reprodução: G1