A polícia Civil desencadeou, nesta segunda-feira (3), uma operação para prender integrantes de torcida organizada envolvidos em crimes no Grande Recife. Foram emitidos dez mandados de prisão e outros quatro de busca e apreensão. Por volta das 10h50, todos os mandados prisão já haviam sido cumpridos. (Veja vídeo acima)
As investigações, que originaram a operação 'VAR' (sigla em inglês para árbitro de vídeo) começaram após uma briga registrada em maio no Aeroporto dos Guararapes, na Zona Sul da capital. (Veja vídeo abaixo)
Briga de torcidas causa tumulto no Aeroporto do Recife; informação sobre assalto é falsa
De acordo com o chefe da Polícia Civil, Joselito Amaral, uma briga entre integrantes de torcida organizada em julho, na Zona Norte do Recife, também motivou a operação. "O objetivo maior é banir criminosos travestidos de trocedores das torcidas organizadas", afirma.
Um dos presos da operação é um homem de 32 anos, apontado como líder de uma torcida organizada. "A ele atribuímos a liderança da Torcida Jovem do Sport e do ataque que ocorreu no aeroporto", explica o chefe da Polícia Civil.
Vídeos enviados por moradores da Zona Norte do Recife mostram confusão entre torcedores
Os alvos são suspeitos de integrar um grupo criminoso responsável roubos, lesão corporal grave e danos ao patrimônio público."Também abrimos um inquérito para apurar tentativa de homicídio, ocorrido em julho durante uma briga entre torcedores da Inferno Coral, do Santa Cruz, e da Torcida Jovem do Sport", conta Amaral. (Veja vídeo acima)
As investigações foram coordenadas pela Delegacia Repressão à Intolerância Desportiva (DPRIE), ligada ao Comando de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, comandada pelo delegado Paulo Moraes.
Ao todo, participaram da operação 110 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.
Briga na Zona Norte
No dia 8 de julho deste ano, três homens deram entrada no Hospital da Restauração (HR), após a confusão entre torcidas no Recife. Um homem teve traumatismo craniano. O delegado Paulo Moraes apontou na ocasião que o caso foi uma represália a um ataque sofrido por torcedores do Santa Cruz no Pará, em maio.
Imagens enviadas ao WhatsApp da TV Globo mostraram a confusão ocorrida no Recife, com registros na Rua Cônego Barata, Avenida Conselheiro Rosa e Silva e Estrada do Arraial. Nos vídeos, era possível ver viaturas e policiais atirando.
G1 // AO
