Brasil

Operação em três estados mira família de atacadistas de drogas e armas; já são 11 presos

Policiais tentam cumprir 19 mandados de prisão no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul.

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Resultado de imagem para Polícia faz operação no Rio para prender acusados de tráfico de drogas

Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro em três estados tenta prender, nesta quinta-feira (17), 19 pessoas suspeitas de fornecer armas e drogas para traficantes. Muitos dos procurados são da mesma família. Até as 8h30, 11 pessoas foram presas. Há, ainda, 18 mandados de busca e apreensão em andamento.

A polícia afirma que o chefe da quadrilha, o sul-mato-grossense Edson Ximenes Pedro, conhecido como Pelincha, é rival do traficante Marcelo Piloto, que atuava do Paraguai e foi expulso para o Brasil em novembro de 2018.

De acordo com o delegado Fabio Asty, titular da 25ª DP (Engenho Novo), as investigações da Operação Bad Family tiveram início há cerca de um ano e apontaram que a organização criminosa abastece em larga escala as principais comunidades do estado:

Complexo do Alemão;
Complexo do Lins;
Jacaré;
Maré;
Cabo Frio, na Região dos Lagos;
Nova Friburgo, na Região Serrana.
A quadrilha também fornece para o tráfico de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. A polícia afirma que a família movimentava valores que ultrapassavam R$ 200 milhões ao ano.

Agronegócio
Ainda segundo o delegado, a família do Município de Paranhos, em Mato Grosso do Sul, e atuante no agronegócio, utilizava sua propriedade rural para servir de entreposto para o recebimento e distribuição de drogas, principalmente maconha e cocaína.

As investigações também descobriram que o agronegócio servia para lavar o dinheiro da venda de armas e drogas. Os suspeitos tiveram todos os valores existentes nessas contas sequestrados judicialmente.

Segundo a polícia, Pelincha contava com o auxílio direto de sua esposa, irmãos e cunhado na execução das atividades criminosas. As investigações demonstraram que Pelincha fornecia mensalmente às comunidades fluminenses cerca de duas toneladas de maconha e meia tonelada de cocaína.

Edson Ximenes já foi preso em 2013 pela Polícia Federal e cumpriu pena por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ele utilizava identidade falsa, em nome de Fabio Pereira de Souza, e está foragido do sistema prisional desde que progrediu ao regime semiaberto.

G1 // AO