Brasil

Operação deve ouvir 30 pessoas esta semana sobre atentado em Itumbiara

Polícia acredita que não houve briga entre uma das vítimas e o autor do crime

NULL
NULL

 src=A força-tarefa que investiga a morte do candidato a prefeito de Itumbiara, Zé Gomes (PTB), e do policial militar Vanilson Ferreira, deve ouvir 30 pessoas nesta semana. De acordo com o delegado da Superintendência da Polícia Judiciária e porta-voz da operação, Gustavo Carlos Ferreira, investigação foi intensificada nos últimos dias.

“Já conseguimos ouvir mais de 20 testemunhas do fato, e até o fim desta semana, mais de 50 pessoas devem ter prestado depoimento à polícia. Estamos com uma união de forças para elucidarmos o fato. Estes depoimentos devem ajudar a investigação apontar motivações e planejamento do crime”, afirmou o delegado.

O atentado aconteceu na última quarta-feira (28), em Itumbiara, região sul de Goiás. O O autor, identificado como o servidor municipal Gilberto Ferreira, foi morto por seguranças logo após o ataque. Imagens de uma câmera de segurança mostram a ação do atirador, que baleou o vice-governador José Éliton, o advogado Célio Rezende e o motorista da caminhonete, Edvan Julio Guerino.

O candidato Zé Gomes foi substituído por Zé Antônio, do mesmo partido, na disputa pela Prefeitura de Itumbiara. O novo candidato venceu as eleições neste domingo (2) e deve ser o próximo administrador da cidade.

Força-tarefa
Segundo o delegado, uma força tarefa composta por 13 delegados e cerca de 50 agentes e escrivães estão em Itumbiara para investigar o caso. Ele afirma que o número de policiais pode variar de acordo com cada fase da investigação.

“Além dos delegados envolvidos, estamos com uma média de 40 a 50 agentes e escrivães nesta força-tarefa. São policiais da inteligência, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), da Superintendência da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) e da Polícia Judiciária. Há uma mobilização para apurarmos este caso”, afirmou.

A Polícia Civil descartou que Zé Gomes e Gilberto Ferreira pudessem ter brigado antes do crime. A força-tarefa revelou por meio de nota que analisou imagens de câmeras de segurança, que comprovam que Zé Gomes permaneceu em seu apartamento entre 2h e 16h no dia do atentado.

O texto revela ainda que a Polícia Civil “colheu fortes elementos de convicção que demonstram que o atirador Gilberto Ferreira do Amaral estava afastado de suas funções no serviço público municipal por conta de transtorno psicótico devido ao uso de álcool, conforme atestado por médico”.

O delegado da Superintendência da Polícia Judiciária e porta-voz da operação, Gustavo Carlos Ferreira, já havia informado que acredita que o ataque foi planejado. O mínimo de preparo aconteceu. Nas imagens, ele estacionou o carro aguardando a carreata vir. Ele ficou esperando 10 minutos. E esse planejamento indica que ele sabia as consequências que ele poderia ter”, disse Ferreira.

Reprodução: G1