Após o caso da menina de 11 anos que foi impedida de abortar depois de ser estuprada, a Ordem dos Advogados do Brasil – Santa Catarina (OAB) anunciou que irá atuar em favor da menina. A entidade informou que pretende atuar para que a criança retorne ao convívio familiar e receba toda a assistência de saúde necessária, incluindo amparo psicológico.
A menina está sendo mantida pela Justiça em um abrigo, em Florianópolis, para que não realize o aborto.
O caso ganhou repercussão após reportagem do The Intercept Brasil, publicada na segunda-feira (20). A mãe da menina a levou para o hospital dois dias depois de descobrir a gravidez, em 4 de maio, mas a unidade se recusou a realizar o procedimento, apesar de ser garantido por lei.
Diante da recusa do hospital, o caso chegou à juíza Joana Ribeiro Zimmer. No dia 6 de maio, a promotora Mirela Dutra Alberton, do Ministério Público catarinense, ajuizou uma ação cautelar pedindo o acolhimento institucional da menina. Em vídeo, a juíza insiste que a menina mantenha a gravidez, apesar das reiteradas negações da criança: "Você suportaria ficar mais um pouquinho?".